Unidades da polícia sul-africana estão em alerta máximo na zona norte da cidade de Durban na sequência de ameaças contra imigrantes feitas por membros da Associação de Negócios do norte de Durban.
O governador da província de Kwazulu-Natal, da qual a cidade de Durban faz parte, manteve uma reunião de emergência com os residentes de Kwamashu numa tentativa de apaziguar os ânimos, que agravam a crispação das relações entre os nacionais e imigrantes, reactivando as memorias de 2015 em que pelo menos sete pessoas foram brutalmente assassinadas durante a violência contra imigrantes, sobretudo africanos, em Durban.
Os membros da Associação de Negócios no Norte de Durban deram um prazo de 14 dias para os imigrantes operadores de pequenos negócios fecharem as suas lojas e abandonarem pacificamente a zona norte da cidade costeira.
Os imigrantes são acusados de sufocarem a economia das comunidades.
Na reunião, os comerciantes locais insistiram que os estrangeiros devem mesmo fechar os seus negócios e saírem da zona esta semana.
O governador de Kwazulu-Natal, Willies Mchinu, pediu até dia 24 para lidar com o assunto.
A ministra dos Pequenos Negócios, Lindiwe Zulu, esta a par da situação e apelou a calma dizendo que todas as pessoas que vivem na África do Sul são protegidas por lei.
“Nós apelamos ao nosso povo para não fazer justiça com as próprias mãos, não fazer pilhagem, destruição ou mesmo matar pessoas que vem de outros países”, afirmou Zulu.
Para a ministra, cabe aos órgãos de administração da justiça lidarem com casos de imigrantes ilegais que operam pequenos negócios nas comunidades.