No Brasil mais de 300 pessoas foram presas, em 24 capitais brasileiras, num dia de protestos convocados por activistas nas redes sociais para o Dia da Independência, no sábado passado.
As manifestações, que mais uma vez tinham como temas a corrupção e outros problemas do sistema político, não reuniram no entanto as multidões vistas nas ruas do país em Junho último.
A postura da polícia nos protestos do último feriado de Sete de Setembro no Brasil sinaliza para “tolerância zero” com as manifestações futuras, como as prometidas para 2014, quando o país sedia a Copa do Mundo.
Apesar do número bem menor de pessoas, foram registados muitos tumultos em várias cidades com grupos de jovens mascarados com disposição para enfrentar a polícia e praticar depredações e atos de vandalismo, principalmente, contra bancos e símbolos da Copa do Mundo, como os relógios de contagem regressiva para a competição esportiva.
Na capital Belo Horizonte (MG), por exemplo, jovens que se diziam adeptos do movimento Black Bloc foram presos quando ameaçavam destruir um desses relógios em uma praça da zona sul da cidade.
Parentes denunciaram truculência da polícia e alegam que os mais de 60 detidos na capital do Estado de Minas Gerais, 15 deles ainda encarcerados, foram alvo de prisões políticas.
“A gente acredita que aconteceram uma série de prisões com motivações políticas, no sentido de intimidar e impedir que a juventude e os trabalhadores fossem às ruas fazer as suas manifestações no Sete de Setembro. Os 15 presos são apresentados como se fossem pertencentes a um tipo de quadrilha. São presos ilegais com uma única motivação, que é a política,” afirma o pai de um dos detidos.
A polícia rebate as acusações alegando que os manifestantes cometeram crimes comuns, previstos pelas leis brasileiras, como explica o delegado Anderson Alcantara, chefe da policia civil de Belo Horizonte.
“As prisões foram feitas com base nos crimes praticados pelo Código Penal, não tem crime político, estamos em um país democrático e a polícia trabalha no sistema democrático de direito. Essas pessoas foram presas com base em um crime muito grave que é constituir milícia privada, pena de reclusão de quatro a oito anos de prisão. Foram presas por terem elementos suficientes, ali naquele momento, para que fossem presas nesse artigo”.
Além do crime por constituição de milícia, que é inafiançável, todos os presos nas manifestações vão responder por depredação do património público e desacato a autoridade. Alguns deles, também foram autuados por corrupção de menores e resistência à prisão.
O coronel da Polícia Militar Antônio de Carvalho, chefe de policiamento especializado de Belo Horizonte, deixa claro que a polícia agiu dessa vez levando em conta o que aconteceu com a corporação na onda de manifestações de Junho. Carvalho deixa claro que os desrespeitos não vão mais poder acontecer.
“O que está acontecendo é que muitas pessoas estão se esquecendo que os direitos deles terminam quando começam os do outro. A polícia está trabalhando em um processo em que as pessoas, nas suas reivindicações e indignações, esquecem que ali está um policial, que também é brasileiro e precisa ser respeitado. Muitas vezes, o desrespeito não é só ao policial, é ao Estado, as autoridades. O alvo só é o policial porque é ele quem está fardado ali”, afirma.
Os episódios em Minas Gerais se repetiram no país, com troca de acusações entre manifestantes e a polícia e com denúncias de agressões por policiais até de jornalistas.
As manifestações, que mais uma vez tinham como temas a corrupção e outros problemas do sistema político, não reuniram no entanto as multidões vistas nas ruas do país em Junho último.
A postura da polícia nos protestos do último feriado de Sete de Setembro no Brasil sinaliza para “tolerância zero” com as manifestações futuras, como as prometidas para 2014, quando o país sedia a Copa do Mundo.
Apesar do número bem menor de pessoas, foram registados muitos tumultos em várias cidades com grupos de jovens mascarados com disposição para enfrentar a polícia e praticar depredações e atos de vandalismo, principalmente, contra bancos e símbolos da Copa do Mundo, como os relógios de contagem regressiva para a competição esportiva.
Na capital Belo Horizonte (MG), por exemplo, jovens que se diziam adeptos do movimento Black Bloc foram presos quando ameaçavam destruir um desses relógios em uma praça da zona sul da cidade.
Parentes denunciaram truculência da polícia e alegam que os mais de 60 detidos na capital do Estado de Minas Gerais, 15 deles ainda encarcerados, foram alvo de prisões políticas.
“A gente acredita que aconteceram uma série de prisões com motivações políticas, no sentido de intimidar e impedir que a juventude e os trabalhadores fossem às ruas fazer as suas manifestações no Sete de Setembro. Os 15 presos são apresentados como se fossem pertencentes a um tipo de quadrilha. São presos ilegais com uma única motivação, que é a política,” afirma o pai de um dos detidos.
A polícia rebate as acusações alegando que os manifestantes cometeram crimes comuns, previstos pelas leis brasileiras, como explica o delegado Anderson Alcantara, chefe da policia civil de Belo Horizonte.
“As prisões foram feitas com base nos crimes praticados pelo Código Penal, não tem crime político, estamos em um país democrático e a polícia trabalha no sistema democrático de direito. Essas pessoas foram presas com base em um crime muito grave que é constituir milícia privada, pena de reclusão de quatro a oito anos de prisão. Foram presas por terem elementos suficientes, ali naquele momento, para que fossem presas nesse artigo”.
Além do crime por constituição de milícia, que é inafiançável, todos os presos nas manifestações vão responder por depredação do património público e desacato a autoridade. Alguns deles, também foram autuados por corrupção de menores e resistência à prisão.
O coronel da Polícia Militar Antônio de Carvalho, chefe de policiamento especializado de Belo Horizonte, deixa claro que a polícia agiu dessa vez levando em conta o que aconteceu com a corporação na onda de manifestações de Junho. Carvalho deixa claro que os desrespeitos não vão mais poder acontecer.
“O que está acontecendo é que muitas pessoas estão se esquecendo que os direitos deles terminam quando começam os do outro. A polícia está trabalhando em um processo em que as pessoas, nas suas reivindicações e indignações, esquecem que ali está um policial, que também é brasileiro e precisa ser respeitado. Muitas vezes, o desrespeito não é só ao policial, é ao Estado, as autoridades. O alvo só é o policial porque é ele quem está fardado ali”, afirma.
Os episódios em Minas Gerais se repetiram no país, com troca de acusações entre manifestantes e a polícia e com denúncias de agressões por policiais até de jornalistas.