As autoridades angolanas reconhecem estar a enfrentar uma situação complicada com os congoleses que chegam à província da Lunda Norte à procura de refúgio.
Eles fogem aos confrontos entre o exército da República Democrática do Congo e as milícias vulgarmente chamadas de “extra-terrestres” que encontram-se a 18 quilómetros da fronteira com Angola.
Face às dificuldades que o Executivo de Ernesto Mwangala enfrenta para acomodar o número inesperado de mulheres e crianças vindas do Congo Democrático, que todos os dias entram no território da Lunda Norte, várias vozes da sociedade civilexortam as autoridades de Luanda a implementar um programa de emergência para evitar surtos epidémicos nas áreas de reassentamento dos refugiados.
O governador Ernesto Mwangaladiz que passa noites na cidade do Lwena, capital da província do Moxico, por razões de segurança face à progressão das milícias do Congo que se encontram a18 quilómetros da cidade do Dundo.
As Nações Unidas estão a acompanhar a situação no terreno.
José Miúdo, líder do MPLA na Lunda Norte, em mensagem endereçada ao governador Ernesto Mwangala, refere ao respeito pelo cumprimento da convenção internacional sobre refugiados, bem como às boas relações da província com as vizinhas da RDC, hoje mergulhadas no conflito.
Os médicos cubanos que trabalham na cidade do Dundo também chamam a atenção das autoridades governamentais para o reforço de medidas preventivas contra doenças, colocando meios e especialistas de vigilância epidemiológica.
Enquanto isso, as escaramuças continuam ao longo da fronteira Dundo com a RDC continuam.
Informações não confirmadas pelas autoridades governamentais revelam de alguns confrontos nas fronteiras, envolvendo forças angolanas.
Alguns familiares citam nomes de ente-queridos mortos por milícias da RDC.