A polícia da Tanzânia prendeu 104 supostos militantes que pretendiam estabelecer bases em Moçambique, onde dezenas de pessoas foram mortas em ataques na província de Cabo Delgado desde Outubro de 2017.
A revelação é do inspector-geral da polícia, Simon Sirro, que, citado pela agência de notícias Reuters, acrescentou que as forças de segurança iniciaram operações nos últimos meses contra "criminosos" nas regiões leste e sul do país, mas que alguns deles conseguiram fugir.
“Durante essa operação, alguns criminosos foram presos alguns ... morreram e alguns escaparam. Aqueles que escaparam são os que tentam atravessar a fronteira para Moçambique para estabelecer uma base”, disse em conferência de imprensa.
"Depois de questioná-los, eles disseram que iam para lá para se juntar a campos radicais", acrescentou Sirro.
A província moçambicana de Cabo Delgado tem sido palco de ataques de grupos não identificados, mas que localmente são chamados de “al-shabab” por gritarem o nome de Alá quando realizam os ataques.
Entretanto, ninguém revindicou os ataques que já deixaram, pelo menos, 90 mortos e muita destruição.
Há cerca de três semanas, o tribunal de Pemba deu início ao julgamento de 189 acusados de integrarem os grupos que atacaram diversos distritos de Cabo Delgado.
Entre elas há estrangeiros.
Um deles foi revelado pelo Presidente Filipe Nyusi há três semanas quando disse que um empresário estrangeiro, que está detido, é um dos reponsáveis pelos ataques.