Cidadãos em quarentena em São Tomé e Príncipe devido ao coronavírus denunciam más condições de alojamento e situações de risco.
Em resposta, o Governo reconhece falhas, mas garante que estão salvaguardadas as condições básicas de segurança das pessoas em isolamento, enquanto a ilha do Príncipe pede quarentena por 15 dias.
A denúncia foi feita por pessoas que se encontram em quarentena num hotel da capital, onde estão 110 passageiros que regressaram de Portugal no sábado, 21,
“Estamos em quartos com mais de uma pessoa e inclusive há quartos com 11 pessoas. Isto não é isolamento”, disse um cidadão em quarentena.
O Governo, através do ministro da Presidência do Conselho de Ministro, Wando Castro, tem outra versão.
“Há 15 pessoas em beliches, na sala que conferências do hotel, mas respeitando a distância e as condições sanitárias recomendadas”, explicou o governante que, no entanto, reconheceu que “haviam falhas que já foram corrigidas”.
O Governo Regional do Príncipe quer isolar a Ilha do resto do país.
O presidente do Governo Regional do Príncipe, Tó Zé Cassandra, propôs ao Governo central, o isolamento da Ilha do Príncipe, suspendendo as ligações aéreas e marítimas com São Tomé.
“Não tendo condições para a realização de testes, não tendo a certeza se existe ou não casos na ilha do Príncipe, é melhor tomar esta medida durante 15 dias”, sustentou.
Entretanto, o ministro Wando Castro considerou que esta medida pode ter consequências gravosas, mas promete analisar a questão na próxima reunião do Conselho de Ministros.