Mais de três mil jovens concorrem para ocupar 100 vagas na Polícia Nacional, o que, em parte, é reflexo da falta de emprego no arquipélago de São Tomé e Príncipe.
O Comissário da Polícia Nacional, Eridison Trindade, confirma que o aumento do desemprego pode estar na base desta procura.
“As pessoas vêem isto como uma oportunidade de emprego”, disse Trindade.
Uma das candidatas, Elidna Lima, de 22 anos, disse que “como já acabei a décima segunda classe, vim tentar a minha sorte. É uma oportunidade para conseguir um emprego”.
A Polícia Nacional não recruta novos agentes, por falta de cobertura orçamental, faz quatro anos.
Trindade disse que a presença de muitos candidatos pode ser também resultado da melhoria da comunicação institucional, uma vez que “as pessoas conhecem muito mais aquilo que é a actividade policial”.
Os mais de três mil candidatos são jovens de ambos os sexos com idades entre os 20 e os 30 anos, que devem ter a escolaridade mínima de nona classe.
O país de 1001 quilómetros quadrados e cerca de 200 mil habitantes tem um efectivo policial que não ultrapassa 500 elementos.
“Uma vez que a sociedade está a evoluir, a criminalidade está a aumentar. Temos tido grande dificuldade de dar resposta, por falta de efectivo” disse Eridson Trindade.