O Fundo Monetário Internacional (FMI) e e Banco Mundial ameaçam suspender o financiamento à São Tomé e Príncipe, se o governo não começar a implementar com urgência um conjunto de medidas que visam a recuperação económica e financeira do país.
As duas instituições consideram que a dívida pública do arquipélago está descontrolada e pode tornar-se insustentável.
A representante do FMI, Xiang-Ming-Li, não esconde e nem suaviza a situação económica do arquipélago, considerando-a muito má e são necessárias medidas duras para controlar a dívida, sob pena de tornar-se insustentável.
O FMI avança três medidas para inverter a situação. Primeiro aumentar as receitas para cobrir as despesas, segundo acabar com os subsídios atribuídos aos combustíveis e a empresa pública de água e eletricidade. A terceira medida é por fim ao roubo de energia elétrica.
Em causa está um crédito de mais de cinco milhões de euros para o apoio orçamental, que só serão entregues se o governo implementar com urgência as referidas decisões.
O FMI ameaça também suspender o programa de facilidade de créditos ao país caso as medidas não forem aplicadas.
Tal como o Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial, através do seu representante Olivier Lambert, também não esconde preocupação face a difícil situação financeira de São Tomé e Príncipe.