Cidadãos são-tomenses divergem-se quanto ao impacto das medidas adoptadas pelo Governo na semana passada para conter o aumento do custo de vida das famílias e melhorar as receitas internas.
Economistas, por seu lado, olham para essas medidas com algumas interrogações e propõem a criação de estímulos para dinamizar a produção local.
“É preciso mobilizar as pessoas para o consumo dos produtos locais. Havendo mais consumo dos produtos locais haverá mais produção. Muita gente deixou de produzir porque não tem como vender”, diz o economista Arlindo Tavares, sublinhando que a redução das taxas aduaneiras para conter a escalada de preços dos produtos importados não terá grandes impactos e só irá reduzir as receitas para o Rstado.
Outro economista, Zeferino Ceita, também não acredita que a redução das taxas aduaneiras dos produtos da cesta básica irá atenuar o custo de vida das famílias mais pobres.
“Com o aumento do preço dos combustíveis previsto para os próximos dias, tudo vai aumentar”, afirma Ceita, que aconselha o Governo a rever a sua política de rendimento e preço.
“Temos uma economia aberta e não é possível estabelecer percentagem de lucro para os comerciantes, o Governo precisa dominar melhor a política fiscal”, defende Zeferino Ceita.
No terreno, os cidadãos aguardam com expectativa o impacto das medidas adoptadas pelo Executivo.
“Eu acredito que as coisas vão melhorar se a população contribuir melhor no pagamento dos impostos”, disse um funcionário da função publica.
Um comerciante lembrou que "importamos tudo e os preços lá fora não param de aumentar, por isso não acredito que vamos conseguir estabilizar os preços se a Europa continuar a vender tudo mais caro”, afirmou uma comerciante em declarações a Voz de América.
As medidas do Executivo, segundo um comunicado divulgado na semana passada, visam "conter o aumento do custo de vida", incluindo a eliminação dos direitos aduaneiros sobre produtos da cesta básica e a criação do imposto sobre os rendimentos acima de dois mil euros.
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