O Supremo Tribunal (ST) dos Estados Unidos rejeitou na sexta-feira, 11, uma acção introduzida pelo procurador-geral do Estado do Textas e apoiado pelo Presidente Donald Trump para anular a vitória eleitoral de Joe Biden, o que praticamente coloca fim à tentativa da campanha republicana de inverter o resultado da votação do dia 3 de novembro.
Numa breve decisão, o ST disse que o Estado do Texas não tem o direito legal de processar os Estados de Michigan, Geórgia, Pensilvânia e Wisconsin por "não ter demonstrado interesse judicialmente reconhecível na maneira como outro Estado conduz as suas eleições".
O procurador-geral do Texas alegou na acção que as regras de voto por correspondência na Geórgia, em Michigan, na Pensilvânia e em Wisconsin não eram justas.
Biden venceu nesses quatro Estados, três deles governados por republicanos e apenas um, Pensilvânia, por democratas.
Os juízes Samuel Alito e Clarence Thomas, que disseram anteriormente que o tribunal não tem autoridade para rejeitar processos judiciais entre Estados, indicaram que não dariam prosseguimento à petição nas etapas seguintes.
Refire-se que os três juízes nomeados pelo Presidente Trump votaram contra a acção, assim como num anterior processo em que republicanos pediram a suspensão da certificação dos votosna Pensilvânia.
Entrentato, em declarações por escrito, 126 congressistas republicanos apoiaram a acção, bem como procuradores-gerais de 17 Estados governados por republicanos.
O Presidente Donald Trump e a sua equipa de advogados ainda não reagiram à decisão do ST.
Por seu turno, a presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi, disse que “este processo é um acto de desespero do Partido Republicano, que viola os princípios consagrados na democracia americana".
Os 50 Estados certificaram os resultados da eleição presidencial que dão ao democrata Joe Biden 306 delegados no Colégio Eleitoral, enquanto o Presidente Trump ficou com 232.
Na segunda-feira, 14, o Colégio Eleitoral reúnen-se em várias cidades para confirmar a vitória de Biden, que terá a aprovação final no Congresso no dia 6 de janeiro.
A 20 de janeiro, ele e Kamala Harris tomarão posse no Capitólio.