O juiz do Supremo Tribunal Federal (STJ) do Brasil Alexandre de Moraes aceitou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para incluir o antigo Presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre os "autores intelectuais" e instigadores da invasão das sedes do Palácio de Alvorada, Congresso e STJ, eM Brasília, no domingo, 8.
Moraes aceitou o pedido ao ver o vídeo publicado por Bolsonaro e apagado momentos depois, no dia 10, no qual contestava, sem provas e sem fundamento, as eleições.
"O pronunciamento do ex-Preesidente da República, Jair Messias Bolsonaro, se revelou como mais uma das ocasiões em que o então mandatário se posicionou de forma, em tese, criminosa e atentatória às instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal – imputando aos seus ministros a fraude das eleições para favorecer eventual candidato – e o Tribunal Superior Eleitoral –, sustentando, sem quaisquer indícios, que o resultado das Eleições foi fraudado", escreveu o juiz, quem ainda "apontou indício real de fato típico [crime] praticado pelo requerido [Jair Bolsonaro], a indicação dos meios que o mesmo teria empregado em relação às condutas objeto de investigação, e ainda, o malefício que produziu".
Em nota, o advogado de Bolsonaro disse que o ex-Presidente sempre repudiou actos ilegais e criminosos e foi um defensor da Constituição e da democracia.
Ele afirmou também que Bolsonaro não teve qualquer participação naquilo que chamou de "movimentos sociais espontâneos".
O juiz Moraes determinou que seja ouvido um especialista em comunicação política de movimentos extremistas para “aferir os potenciais efeitos e o postagens em grupos de apoiantes” e especialistas em monitoria de grupos de aooivgrs de Jair Bolsonaro nas redes sociais e was plataformas WhatsApp e Telegram, a fim de colher evidências do eventual impacto do vídeo, se neles circulou, sobre a organização de atos com motivação antidemocrática e sobre discursos que demandam rupturas institucionais.
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