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Sumbe: Ministério Público pede absolvição de jornalista


Jornalista da Rádio Ecclésia tinha sido acusado de crime de difamação por presidente da Comissão Provincial Eleitoral

Após sete horas de audiência no no Tribunal da Comarca do Sumbe na segunda-feira, o ministério público pediu ele próprio a absolviçao do jornalista da Rádio Ecclésia no Kwanza Sul Óscar Tito.

Procuradoria pede absolvição de jornalista no Kwanza Sul – 2:06
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Tito foi acusado de crime de calúnia e difamação e exercício ilegal da actividade jornalística por Morais António ex-presidente da comissão provincial eleitoral do Kwanza-Sul após a publicação de uma matéria o ano passado sobre pedido de demissão de Morais António do cargo de presidente da CPE pelo seu alegado envolvimento num escândalo sexual na sequência da publicação nas redes sociais de fotos explícitas e António com várias mulheres

O advogado de defesa Nelson Custódio disse que a acusação de Morais António contra Óscar Tito não tem fundamento.

“Ficou mais que provado ao longo da audiência e ainda bem que o ministério público também percebeu isto e nas suas alegações requereu a absolvição do nosso constituinte”, disse.

O sindicato dos jornalistas angolanos esteve representado pelo seu secretário adjunto nacional Pedro Miguel que espera a absolvição do acusado e pede aos profissionais da classe a não se inibirem a continuar a trabalhar em prol de um jornalismo independente e imparcial

“Pelos facto aqui narrados e apresentados, a acusação não teve matéria suficiente para de facto sustentar o suposto crime de difamação e de exercício ilegal da actividade”, disse.

Estiveram presentes a acompanhar o arguido, jornalistas, jovens de vários estratos sociais e crentes da igreja católica sendo uma delas Maria de Lourdes Veiga, jurista e ex-vice-governadora do Kwanza-Sul que defende mais respeito pelas mulheres, sublinhando a natureza das fotos publicadas nas redes sociais como um desrespeito às mulheres.

“Uma relação sexual não deve ser publicitada nos termos em que foi...Será que essas mulheres envolvidas neste acto sexual permitiram ter sido filmadas ou fotografadas?”, interrogou.

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