O papa Francisco pediu, hoje, 22, ajuda humanitária urgente para os esfomeados do Sudão do Sul, dizendo que milhões de pessoas correm o risco de ser "condenadas à morte" pela fome em partes do país assolado pela guerra.
"Agora, mais do que nunca, deveria existir um compromisso de todos de não somente falar, mas contribuir para a ajuda alimentar e permitir que ela chegue às populações sofridas", disse ele a dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça São Pedro para sua audiência semanal.
Segundo a Reuters, Francisco disse que milhões de pessoas, incluindo muitas crianças, estão "condenadas à morte pela fome".
Desde 2013, o Sudão do Sul está mergulhado numa guerra civil que o papa chamou de "fratricida".
O presidente sul-sudanês, Salva Kiir, cujo governo declarou um surto de fome na segunda-feira, prometeu que as agências de ajuda terão acesso seguro aos civis vitimas da fome.
A Organização das Nações Unidas (ONU) diz não ter conseguido chegar a algumas das áreas mais afetadas devido à insegurança.
O Sudão do Sul vem sendo prejudicado pela mesma seca do sudeste africano que deixou a Somália à beira de um surto de fome seis anos depois de 260 mil pessoas morrerem de desnutrição.