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Subnutrição em Cabo Verde: Especialistas recomendam mudança nos hábitos alimentares


Mercado do Plateau, Cidade da Praia, Cabo Verde
Mercado do Plateau, Cidade da Praia, Cabo Verde

Estudo revela que prelavência da subnutrição no arquipélago é de 15,4 por cento

Um relatório divulgado recentemente pela União Africana, Organização para Agricultura e Alimentaçao (FAO) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) sobre a subnutrição em África revelou que a prevalência em Cabo Verde é de 15. 4 por cento, uma taxa considerada alta.

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A directora do Programa Nacional da Nutrição no Ministério da Saúde considera, no entanto, que neste momento o surgimento de doenças crónicas não transmissíveis aumenta a preocupação das autoridades.

"Claro que nos preocupa sempre a questão da desnutrição, já que de acordo com a classificação da OMS teríamos de estar abaixo de 5 por cento para não ser considerado problema da saúde pública, mas neste momento as doenças crnicas não transmissíveis é que estão a aumentar e nos coloca maior preocupação", ´disse Irina Spencer,

Os últimos estudos feitos em Cabo Verde revelam que a população consome pouca quantidade de alimentos saudáveis como frutas e legumes, enquanto abuso no consumo excessivo do sal e de outros alimentos processados que têm contribuído para aumentar doenças crónicas como a obesidade, diabetes e hipertensão arterial, entre outras.

Spencer recomenda o reforço de sistemas alimentares sustentáveis e dietas saudáveis, bem como a institucionalização da educação alimentar e nutricional como motor da promoção da saúde e no combate à desnutrição .

Embora o arquipélago enfrenta problemas de seca, o que dificulta a produção sobretudode milho e feijões, por exemplo, anutricionista Edith Pereira considera queo cumprimento de uma dieta equilibrada não depende apenas da situação socio-económica.

Ela diz que o mais importante tem a ver com o reforço da transmissão de conhecimentos alimentares.

"O grande desafio que temos em Cabo Verde é educar as pessoas e mostrar-lhes a importância dos alimentos. Podemos comer bem, de forma equilibrada, desde que tenhamos a consciência de que certos alimentos são mais saudáveis do que outros", realça a nutricionista.

Ela acrescenta que, muitas vezes, “mães e encarregados de educaçãopreferem colocar na lancheira da criança bolachas e outros produtos processados, quando deveriam disponibilizar uma banana, maça ou pera, frutas disponíveis no mercado e a preços acessíveis".

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