As autoridades suíças desbloquearam cerca de 60 milhões de dólares dos 210 milhões congelados em investigações a suspeitas de lavagem de fundos desviados do Fundo Soberano de Angola, anunciou a Procuradoria Suíça nesta sexta-feira, 13.
Em Abril, a Procuradoria tinha iniciado investigações criminais na sequência de notícias de que fundos do Banco Nacional de Angola e do Fundo Soberano haviam sido desviados.
Durante as investigações, as autoridades passaram buscas a diversos locais incluindo a sede da Quantum Global do empresário suíço-angolano Jean Claude de Morais.
A Quantum Global era associada do Fundo Soberano de Angola e Batos de Morais é sóócio do antigo presidente do fundo, José Filomeno dos Santos, filho do antigo Presidente José Eduardo dos Santos.
Na altura foram feitas buscas também à companhia Turtle Management, igualmente pertencente Jean Claude Bastos de Morais.
Numa declaração hoje emitida, a Procuradoria suíça disse que as investigações continuam e que inicialmente tinham sido congelados 210 milhões de dólares em “activos”.
“A Procuradoria já descongelou 60 milhões do Fundo Soberano de Angola”, lê-se na declaração.
“Os fundos foram descongelados porque pode ser posta de parte o seu uso por terceiros não autorizados”, acrescentou a declaração.
Fundos da Quantum Global foram também congelados nas Maurícias e Inglaterra.
Em Angola, Bastos de Morais está proibido de deixar o país.
A decisão das autoridades suíças de esbloquear os 60 milhões de dólares foi anunciada poucos dias depois de o Procurador Geral de Angola, Hélder Fernando Pitta-Groz, ter mantido conversações na Suiça sobre ca ooperação em questões judiciais.
O jornal suíço Tages-Anzeiger citou o procurador angolano como tendo dito estar confiante que terá provas suficientes dentro de poucas semanas para levar Bastos de Morais a tribunal.