Uma delegação de São Tomé e Príncipe chefiada pelo Primeiro-ministro, Patrice Trovoada, participará nesta sexta-feira, 13, numa mesa redonda de doadores internacionais em Marraquexe, Marrocos.
O encontro é organizado pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que pretende expor aos parceiros de cooperação a difícil situação económica e financeira do arquipélago, marcada nos últimos 12 meses pela falta de divisas e a incapacidade das autoridades nacionais de atraírem financiamento externo.
Para o chefe do governo São-tomense esta mesa redonda de doadores internacional já tem um sinal positivo pelo facto de ter sido organizada pelo FMI.
“O próprio FMI sabe que a situação financeira de São Tomé e Príncipe não irá melhorar sem aumentar a contribuição das instituições de ajuda ao desenvolvimento e dos países amigos”, disse Patrice Trovoada.
Há cerca de um ano que o governo São-tomense e o Fundo Monetário Internacional estão a negociar um novo programa de facilidade de crédito, sem o qual não haverá sinal verde para obter financiamento externo.
Entretanto o economista Paulo Barros diz que mesmo alcançando o acordo de facilidade de crédito com o FMI é preciso dar à comunidade internacional um sinal de mudança na forma como o país gere os donativos e financiamento disponibilizados.
“O combate à corrupção, e a questão da justiça são fatores fundamentais para dizer aos parceiros que as coisas serão diferentes, caso contrário os doadores vão continuar a olhar para os dirigentes São-tomenses como quem anda a procura de fundos para dar festas e aumentar os sinais de riqueza pessoal”, disse Barros.
Para o analista político, Liberato Moniz a credibilidade dos tribunais e do sistema judiciário deveria constituir a maior preocupação dos parceiros de desenvolvimento de São Tomé e Príncipe.
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