O custo de vida poderá provocar mais greves de trabalhadores, em São Tomé e Príncipe, dizem analistas familiarizados com a situação.
“Vai haver muitas greves e o governo não terá meios financeiros para dar resposta às reivindicações”, diz o analista Óscar Baía, admitindo que os sindicatos vão aproveitar o ano das eleições legislativas para pressionar.
“Por mais que haja pressão, o Governo tem as mãos atadas, e não vai fazer nada”, diz Baía.
Outro analista, Liberato Moniz, afirma que 2022 será um ano muito difícil para o Governo, porque a ajuda internacional também vai escassear.
“É preciso diminuir o número de trabalhadores, numa função publica que não cria riqueza e que só tem dado despesas ao Estado”, sugere Moniz.
A lista de sectores que poderão ter greves inclui comunicação social, saúde e educação.
“Neste primeiro trimestre, vamos travar uma luta muito árdua com o ministério da educação”, afirma o secretário-geral do Sindicato dos Professores, Gatão Ferreira, que sublinha que a reivindicação da classe visa o reajuste salarial, enquadramento e a melhoria das condições de trabalho.
Há duas greves activas no país. Os Jornalistas das Rádios comunitárias estão paralisados, há cerca de duas semanas, devido ao atraso no pagamento dos subsídios; e os trabalhadores dos Serviços de Registo e Notariado também se recusam a trabalhar por falta de condições.