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STP: Novo ano letivo, velhos problemas


Escola Patrice Lumumba, São Tomé e Príncipe
Escola Patrice Lumumba, São Tomé e Príncipe

Saída de famílias para o exterior, degradação das escolas e desmotivação dos decentes conformam um quadro desolador

O novo ano letivo arrancou em São Tomé e Príncipe, mas dezenas de escolas não abriram as portas devido ao seu estado de degradação.

Muitos problemas do passado transitaram para o novo ano escolar.

Governo, sindicatos, analistas, pais e encarregados de educação lamentam a degradação sistemática da qualidade de ensino no arquipélago.

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De acordo com a ministra da Educação, Cultura e Ciência, no ano letivo passado, o país registou a maior taxa de sempre de abandono escolar “fruto de emigração de centenas de famílias para a Europa”.

Agora, Isabel Viegas de Abreu manifestou-se igualmente preocupada com outros fenómenos que na sua opinião têm abalado o sistema de ensino, como "a saída massiva dos técnicos do Mistério da Educação para o exterior, a degradação das infraestruturas escolares, o vandalismo, a greve dos professores e a falta de envolvimento dos país no processo educativo”.

“Os alunos incutiram na cabeça que só precisam de dez para safar. Este é o termo utilizado por eles”, disse, por seu lado, Edimila Fernandes, supervisora do Ministério da Educação, adiantando que a fraca taxa de conclusão também tem a ver com o facto de os alunos “só estarem a pensar em sair do país mesmo sem concluir a 12ª classe”.

Greve de professores paralisam escolas em São Tomé e Príncipe
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A má qualidade dos professores é outro constrangimento.

O presidente da maior universidade privada do arquipélago, Liberato Moniz, diz que “ser professor hoje não depende da capacidade do docente em termos de qualidade e do conhecimento cientifico, tem a ver com a militância política”.

Moniz acrescenta que” muitas vezes os partidos impõem ao ministro da Educação e às direções de ensino professores seus para que tenham uma fonte de rendimento”.

Para o presidente da Associação dos Pais e Encarregados de Educação do Liceu Nacional, Mikail Barros, a desmotivação dos professores é outro problema que afeta o rendimento escolar e que continua sem solução a vista.

“Recentemente o país conheceu uma greve dos professores que se arrastou por mais de um mês e a solução final não foi o que eles esperavam e por isso ainda se nota a desmotivação no rosto dos professores”, aponta aquele ativista social, mencionando outros problemas que transitaram para o novo ano letivo que arrancou n a terça-feira, 1, com 61 mil alunos inscritos em todos os níveis de ensino.

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