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STP luta contra o impacto das mudanças climáticas


Nesta foto de arquivo, Cidade de São Tomé inundada, São Tome e Príncipe, 28 de Dezembro de 2021
Nesta foto de arquivo, Cidade de São Tomé inundada, São Tome e Príncipe, 28 de Dezembro de 2021

Subida do nível do mar, erosão costeira, chuvas fortes e inundações são os principais efeitos das alterações climáticas em São Tomé e Príncipe, o eleva o governo a procurar investimentos para a proteção e construção de habitações seguras.

Autoridades e associações de defesa ambiental também reclamam investimentos para proteger o ambiente contra a deflorestação, extração abusiva de inertes e poluição do oceano.

Rogério Sousa, que trabalha para Oikos, uma ONG portuguesa que tem recuperado mangais na costa norte de São Tomé, diz que “plantando apenas um hectar de mangues, nós estaríamos a reter da atmosfera cerca de 150 a 200 toneladas de carbono”.

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No príncipe, a ilha menor do arquipélago, com cerca de 1000 quilómetros quadrados, as autoridades também tentam, com poucos meios, levar a cabo um conjunto de ações para preservar o ambiente, na região reserva da biosfera da UNESCO.

“Príncipe é o melhor exemplo no que diz respeito à questão da proteção; o Príncipe é reserva da biosfera; o Príncipe já pôs em marcha a inibição de venda de plásticos”, reconhece Olívio Diogo, sociólogo e técnico do WACA, um projeto do Banco Mundial virado para a proteção do ambiente na região de África Central.

Efeito visível

Entretanto os efeitos das alterações climáticas são cada vez mais evidentes no arquipélago são-tomense.

Jackson Pinho e Mariana Afonso vivem numa das margens do rio Papagaio, na cidade de Santo António, na Ilha do Príncipe, onde a chuva não tem dado tréguas nas últimas semanas.

“Já aconteceu que tínhamos que levantar à noite e sair de casa por causa da cheia”, diz Pinho.

Face às consequências do aquecimento global nos estados mais frágeis o primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, lamenta que as COP, Cimeiras das Nações Unidas sobre o clima, “tenham sido até agora uma desilusão no que toca aos compromissos assumidos pelos países mais ricos”.

Trovoada receia mais retrocessos na luta mundial contra os efeitos das alterações climáticas perante a eleição do novo presidente norte-americano.

“Não acredito que o presidente Trump mude de opinião em relação a este assunto (...) mas mundo não é só América, tem que continuar a insistir naquilo que é uma realidade e que tem afetado muitos países”, alertou Trovoada, sublinhando que enquanto líder de um pequeno estado insular e frágil não vai cruzar os braços.

O primeiro-ministro são-tomense está no Azerbaijão para participar na COP 29.

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