O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou nesta quinta feira, 19, um acordo de 40 meses ao abrigo do programa de Facilidade de Crédito Alargado no valor de cerca de 24 milhões de dólares para São Tomé e Príncipe.
Em nota, o FMI diz que o acordo vai contribuir para a estabilização macroeconómica que impõe reformas urgentes no setor da eletricidade.
A instituição financeira vai avançar já com o primeiro desembolso de cerca de 5 milhões de dólares e o remanescente será disponibilizado ao longo da vigência do acordo, após avaliações semestrais.
O programa de reformas das autoridades são-tomenses visa restabelecer a estabilidade macroeconómica, proteger os mais vulneráveis e lançar as bases para um crescimento mais rápido e inclusivo.
Uma nota do FMI diz que o “acordo entre as partes também engloba reformas urgentes no setor da eletricidade e ajustamentos estruturais no médio prazo para fomentar a energia verde e despoletar o potencial de crescimento do país”.
São Tomé e Príncipe tem enfrentado grandes desafios macroeconómicos, nomeadamente, a importação de combustíveis, poucas exportações e baixas reservas internacionais.
A economia registou um crescimento lento em 2022 e em 2023 devido à escassez de divisas e às falhas de energia eletrica, com alta inflação.
“Embora o crescimento continue letárgico, a inflação persistentemente alta começou finalmente a recuar”, diz o FMI, que espera “que a implementação firme do programa económico das autoridades irá contribuir para a recuperação económica”.
A instituição com sede em Washington diz que “as ambiciosas reformas das autoridades visam restabelecer a estabilidade macroeconómica, melhorar as condições de vida e promover um crescimento sustentável e inclusivo” e reitera que “este plano implica um ajustamento orçamental considerável, que é crucial para reduzir a elevada dívida pública e reequilibrar a economia no contexto de um regime de paridade cambial, garantindo, ao mesmo tempo, a proteção de grupos vulneráveis”.
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