São Tomé e Príncipe está, desde desta terça-feira (6), sem gasolina na maioria das bombas, o que desespera taxistas, motoqueiros e a população, que reclama o aumento de cortes no fornecimento da energia eléctrica.
A crise surge quando o estado São-tomense tem para com Angola, através da petrolífera Sonangol, uma dívida de mais de 270 milhões de dólares de fornecimento de combustíveis. Os dois países estão a negociar um acordo de reestruturação da dívida, mas ainda não foi concretizado.
Para economistas, a má gestão e a dívida crónica à petrolífera Sonangol originam a rotura constante do stock de combustíveis em São Tomé e Príncipe.
"O próprio governo anunciou que o país está sem divisas para fazer importações", lembra o economista Paulo Barros, que sugere dois caminhos para a solução definitiva do problema: “Ou o Governo São-tomense consegue um acordo com a Sonangol para assegurar o fornecimento regular dos combustíveis, nas condições anteriores, ou tem que encontrar um parceiro alternativo nas mesmas condições, ou seja, entrega a crédito”.
Outro economista, Leoter Viegas defende uma nova política energética de forma que a Empresa de Água e Eletricidade, EMAE, possa ter lucros consumindo menos combustível.
“A EMAE só tem dado prejuízos ao país, com a sua gestão deficitária, fazendo aumentar a dívida com a Sonangol”, diz Viegas.
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