Três partidos que nunca estiveram representados em qualquer governo do arquipélago procuram espaço nas eleições de 25 deste mês.
O Movimento dos Cidadão Independentes - Partido Socialista (MCI-PS) é o mais recente entre eles. Nas eleições passadas, concorreu apenas no distrito de Cauê, ao sul do país, e conquistou dois dos cinco deputados daquele círculo eleitoral.
No próximo domingo (25), este partido concorre em coligação com o Movimento Verde para o Desenvolvimento do Príncipe (MVDP), tendo como principal objectivo a melhoria das condições de vida da população das antigas roças coloniais, descendentes de contratados oriundos de Angola, Cabo Verde e Moçambique.
Verdes
“Essa população tem sido objecto de discriminação ao longo dos 47 anos de independência. Hoje o estado das roças é lamentável”, afirmou Adalberto Katambe, do Movimento dos Cidadãos Independentes - Partido Socialista.
O Partido Verde também está no xadrez político São-tomense há cerca de uma década, e nunca teve participação no governo. É a única força política do país com uma mulher na liderança, Elsa Garrido.
“Temos que ter a coragem, se for preciso promover um referendo, para rever a constituição política do país. Ela tem sido o principal motivo das nossas divergências e do nosso atraso”, defendeu a líder dos Verdes.
Regras na governação
O CID- STP, partido dos cidadãos independentes de São Tomé e Príncipe fundado por Nelson Carvalho, antigo presidente da segunda maior câmara distrital do país, Mé-Zochi, está na política há mais de dez anos e quer ser governo para ditar novas regras na governação do arquipélago.
“A quantidade de ministérios que o país tem hoje só contribui, ainda mais, para a dilapidação dos bens públicos. Temos que diminuir os ministérios da administração pública” defendeu.