Os são-tomenses manifestam-se cada vez mais assustados com de crimes violentos no arquipélago. O Governo diz que não tem recursos financeiros para travar o aumento da criminalidade, mas analistas dizem não há vontade política para travar a onda.
Assalto à mão armada, violência doméstica e homicídios foram citados pelas autoridades como crimes em crescimento em São Tomé e Príncipe.
A população conhece a razão do aumento da criminalidade. “É o consumo exagerado e descontrolados da liamba e bebidas alcoólicas”, diz Joana Soares, lamentando a inércia das autoridades no combate.
A cidadã entrevistada pela VOA diz ainda que o medo está instalado na sociedade. “Temos que recolher mais cedo. A situação ficou ainda mais complicada com a fuga de alguns reclusos da cadeia”.
Contatada pela VOA, a ministra da Justiça e dos Direitos Humanos, Ilza Amado Vaz, recusou-se a falar sobre o aumento da criminalidade, justificando apenas que o agravamento da situação tem há ver com a falta de recursos financeiros.
Mas o analista Liberato Moniz diz que o problema é outro: “É a falta de vontade política”.
“Como é que há condições para as equipas de segurança do Presidente da República e do Primeiro-ministro, com viárias viaturas de alta gama e tudo que é necessário para os proteger?, questiona Moniz.“Por quê não se dá as mínimas condições à polícia judiciaria e de ordem pública”?
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