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STP: Bom Jesus assume derrota e promete oposição construtiva e Trovoada adverte para actos além da gestão corrente


Jorge Bom Jesus, presidente do MLSTP-PSD e primeiro-ministro de São Tome e Príncipe, 20 Março 2022
Jorge Bom Jesus, presidente do MLSTP-PSD e primeiro-ministro de São Tome e Príncipe, 20 Março 2022

Primeiro-ministro e líder do MLSTP/PSD afirmou que em democracia o povo é quem mais ordena e futuro Chefe de Governo adverte Governo a restringir-se à gestão corrente

O primeiro-ministro e líder do MLSTP-PSD aceitou os resultados eleitorais, 24 horas depois da confirmação dos dados da Comissão Eleitoral Nacional pelo Tribunal Constitucional (TC) e prometeu oposição construtiva, sem, no entanto, se demitir da liderança do partido.

Por seu turno, o líder do partido vencedor, ADI, Patrice Trovoada, advertiu o Governo cessante a fazer uma gestão corrente, sob pena de sanções civis e criminais.

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Jorge Bom Jesus disse nesta terça-feira, 4, que vai “respeitar os resultados” de felicitou a ADI, com a promessa de “uma oposição construtiva”.

“São Tomé e Príncipe está de parabéns e é nesta senda que vamos continuar a trabalhar”, afirmou o ainda primeiro-ministro sublinhando que o "MLSTP/PSD, que trouxe a independência, que trouxe a abertura democrática, vai continuar a trabalhar no sentido de uma paz que já é genuína e sobretudo no processo democrático, ao nível da sua consolidação”.

Ao afirmar que “em democracia, o povo é quem mais ordena”, Bom Jesus também felicitou “o povo de São Tomé e Príncipe pela sua maturidade política e cívica e pela forma ordeira e pacífica como decorreu o processo eleitoral, com três eleições em simultâneo, legislativas, autárquicas e regional."

Bom Jesus agradeceu também a presença dos observadores internacionais e o trabalho das instituições, entre elas a Comissão Eleitoral Nacional.

Entretanto o líder da ADI, Patrice Trovoada, que se encontra ausente do país para contacos com autoridades portuguesas e de outros países europeus, advertiu o Governo cessante de que todos aqueles que adoptarem medidas ou actos para além da gestão corrente, ou introduzirem alterações a qualquer regime jurídico para benefícios pessoais ou coletivos, serão sancionados nos termos da lei em vigor, civil e criminalmente.

“Ao Governo cessante e em gestão, uma séria advertência, para que se conforme exclusivamente à prática de actos de gestão corrente, isto é, da estrita necessidade para assegurar a gestão dos negócios públicos, revestidos de inadiabilidade e urgência objetivas”, referiu Patrice Trovoada numa mensagem lida pela porta-voz da ADI, Eurídice Medeiros.

Aos possíveis beneficiários de eventuais acções, Trovoada disse que "fica um alerta para que não participem nestes expedientes, assumindo pessoalmente todas as consequências que deles advierem, eximindo o Estado da República Democrática de São Tomé e Príncipe de todas e quaisquer responsabilidades”.

O líder da ADI apelou também “a todos os funcionários públicos a continuarem a exercer as suas atividades, com profissionalismo, responsabilidade e lealdade, no respeito e na defesa dos interesses do Estado” até a entrada em função do próximo Governo que deverá toma posse dentre de 30 dias.

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