O ministério são-tomense da Educação, Cultura e Ciência decidiu assumir o controlo do envio de estudantes para formação profissional no estrangeiro para travar irregularidades.
A ministra da tutela, Isabel Viegas de Abreu, revelou, na terça-feira, 11, que “há muitas instituições que fazem negócio com o envio de estudantes, sobretudo para Portugal”, onde centenas de jovens estão sem acolhimento e vivem em condições precárias.
“Doravante, o ministério decidiu assumir o controlo do envio dos estudantes para travar a degradação da imagem do estado são-tomense, face à situação precária dos jovens no país de acolhimento”, disse a dirigente.
A estudante Arlene Lima conta que ela e outros colegas foram enviados para uma escola de formação profissional em Portugal, através de uma ONG em São Tomé, depois de terem pago uma quantia para a matricula.
“Tivemos que pagar um valor para receber a declaração da escola e depois tratamos dos documentos, compramos os bilhetes de passagem e viajamos para Portugal”, Lima que recorda que “nos primeiros dias ficamos em casa dos familiares e só depois entramos em contacto com a escola”.
A fundação Novos Horizontes, liderada pela antiga Primeira-Ministra Maria das Neves, é uma das instituições que tem enviado estudantes para o estrangeiro, mas garante que tem o feito de forma responsável e organizada, e lamenta o que está a acontecer.
“Esta iniciativa do ministério da educação é louvável”, diz Maria das Neves.
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