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STP: Atraso no pagamento de bolsas aflige estudantes no estrangeiro


Foto gentilmente cedida pela Associação estudantes STP em Marrocos
Foto gentilmente cedida pela Associação estudantes STP em Marrocos

Centenas de estudantes São-tomenses no estrangeiro estão a viver momentos de desespero e aflição devido ao atraso no pagamento das bolsas.

O Governo do arquipélago não tem tido capacidade financeira para cobrir as despesas de cerca de mil estudantes espalhados por onze países.

STP: Atraso no pagamento de bolsas aflige estudantes no estrangeiro
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Nas últimas semanas o grito de socorro tem chegado de Cuba e Marrocos, mas noutros nove países há também estudantes com mais de 10 meses de bolsa em atraso.

“Não é a primeira vez que isto acontece. Desde o governo anterior que lutamos com este tipo de situação”, lamenta Ismael Oliveira, estudante de medicina em Havana.

Em Cuba, por exemplo, a luta dos 10 estudantes são-tomenses teria sido mais dura se não tivessem apoio de colegas de outras nações africanas.

“Todos fazem uma pequena contribuição para ajudar quem mais precisa. Temos tido a sorte de viver com pessoas muito boas que têm nos ajudado bastante”, revela Vanessa Trindade, outra estudante de medicina, que há 10 meses enfrenta, sem o apoio do governo são-tomense, o aumento vertiginoso do custo de vida na capital cubana.

Ao contrário de Cuba, em Marrocos os estudantes não têm alojamento garantido pelas autoridades locais e que segundo Melane Bandeira a situação torna-se mais complicada.

Garantias

“O aluguer da casa é a nossa maior despesa e tem estado a aumentar sempre. Temos conseguido ultrapassar a situação em grupos com o que os familiares nos enviam e com a parte da bolsa que é atribuída pelas autoridades marroquinas”, disse a presidente da Associação dos Estudante de São Tomé e Príncipe em Marrocos.

Contatada pela Voz de América, a Ministra da Educação, Isabel Viegas de Abreu, garante que os 10 estudantes de Cuba serão pagos ainda esta semana, mas mostrou-se mais preocupada com os cerca de 400 estudantes que estão em Marrocos.

“Há mais de 10 anos que Marrocos não atualiza a bolsa que oferece aos nossos estudantes. O que eles recebem hoje nem dá para pagar a renda de casa”, diz a governante são-tomense, sublinhando que tem sido difícil gerir a problemática dos estudantes no estrangeiro”.

“Muitos jovens que matriculam nas universidades, enviados pelos seus pais, depois de estarem no estrangeiro, requerem ajuda ao governo, transformam-se em estudantes do Estado são-tomense, e nós não temos tido capacidade para suportar essas despesas”, afirma a ministra da educação.

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