Ao completar 48 anos de Independência Nacional, São Tomé e Príncipe continua a enfrentar problemas estruturais que passam por um sistema que, segundo observadores e analistas políticos, não tem dado os resultados esperados quando a bandeira do país foi içada a 12 de Julho de 1975.
Há quem fale num movimento para que o arquipélago seja uma "região autónoma de Portugal", no dizer do jurista e docente Carlos Barros Tiny, que afirma não haver soluções com a actual classe política, que apenas "olha para os seus interesses".
Sem soluções para muitos problemas durante décadas, com o agravar da situação económica, o também jurista Gélson Baia fala numa geração "sem esperança" que apenas olha para a emigração por falta de alterativas internas.
No seu discurso comemorativo de mais um aniversário d0 12 Julho, o Presidente da República reconheceu que o caminho para a conquista da independência económica "tem-se mostrado longo e difícil", e, na actualidade, é "incapaz de gerar empregos e riqueza".
"A fraqueza da nossa economia, fruto da dependência da ajuda internacional, da insularidade, de decisões menos acertadas tomadas ao longo dos anos e de desafios que não logramos vencer nestes 48 anos conduziram o país a uma situação de decadência, cujos efeitos nefastos se têm feito sentir sobre a vida das populações com muita acuidade nos últimos tempos", disse Carlos Vila Nova, quem destacou que os são-tomenses necessitam de "soluções reais e imediatas", que devem ser adoptadas com o esforço, a dedicação, a persistência e o contributo de todos.
No programa Agenda Africana, Carlos Barros Tiny e Gélson Baia analisam a conjuntura a actual e futura do país.
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