A Comissão Nacional de Eleições tomou uma decisão que tem em vista conferir uma maior transparência ao processo eleitoral moçambicano: decidiu que as chaves dos armazéns onde serão guardados todos os materiais de votação ficarão na posse de responsáveis do STAE, que são da confiança dos três principais partidos concorrentes.
Na conferência de imprensa desta sexta-feira, 10, em Maputo, Paulo Cuinica, porta-voz da Comissão Nacional de Eleições, confirmou que se cometeu uma falha grave, esta-quinta-feira, durante a incineração dos boletins de voto que a CNE já havia anunciado que destruiria.
Trata-se de boletins de voto dos distritos de Pebane e Namacurra, na Zambézia, que tinham de ser destruídos depois de se ter descoberto que 26 kits, contendo esses materiais, haviam desaparecido semana passada, quando estavam a ser transportados, por camião, para aquela província da região central-norte de Moçambique.
Só que, ao invés de destruir os boletins remanescentes e que se destinavam às eleições para as assembleias provinciais, em Pebane, destruíram-se outros, por engano.
Ainda aos jornalistas, o porta-voz da Comissão Nacional de Eleições confirmou que o candidato presidencial da Renamo Afonso Dhlakama, apesar de se ter recenseado em Gorongosa, vai poder votar em Maputo na quarta-feira.