A interacção entre o público e os artistas convidados marcou a 3ª edição do Festival Sons do Atlântico, que juntou na noite de Sábado passado às primeiras horas de Domingo, na Baia de Luanda, milhares de fãs.
Dispostos a não deixar os artistas no desamparo, o público não só cantou os temas preparados, como também ainda teve a oportunidade de pedir outras que não faziam parte do guião preparado, mantendo, do princípio ao fim um diálogo permanente com quem esteve em palco para animar uma noite memorável e inesquecível para muitos.
Numa rodada de house music, semba, rock, samba, zouk/kizomba, rap e cultura hip hop, a primeira parte do show teve no angolano Paulo Flores como o maior expoente, interpretando temas que arrastaram o público para os anos 80, numa autêntica viagem de regresso a um passado não muito distante da música angolana.
Em 1 hora de palco, Paulo Flores, que contou em alguns minutos com a parceira de Matias Damásio, foi ao seu baú de recordações buscar “Inocente”, “Marika”, “Reencontro”, “Sassassa”, entre outras referências, brindando ao público com um repertório vasto e diversificado.
Com dois palcos disponíveis, a organização do evento fez ainda desfilar, antes da entrada em cena de Paulo Flores, outras referências da música angolana, nomeadamente Puto Português, Yannick Afromam, Zona 5 e o grupo de dança africana Batoto Yeto, que prepararam o palco e o público para receber, não só os angolanos, mas também os convidados estrangeiros Seu Jorge (brasileiro) e a banda antilhana Kassav.
Com os fãs à espera do grande momento de actuação dos Kassav, que estava marcada para o final da jornada, coube, no entanto, ao brasileiro Seu Jorge que, depois de receber o testemunho de Paulo Flores, numa rítmica diversificada, com particular realce para o samba e o rock, fechar a primeira parte do show, por volta de 1hora da manhã de domingo.
Trinta minutos depois da saída do brasileiro e cerca de 15 minutos de um festival de pirotecnia, era dada a ordem de entrada aos Kassav, que, teve uma recepção “quatro estrelas”, uma demonstração do público de que ainda estava em condições de se aguentar até ao final do show. A banda fechou a sua actuação duas horas depois, isto por volta das 3h30 de domingo, tendo como convidada em palco a angolana Ary
O Sons do Atlântico é um festival de música que acontece em Angola mas que está aberto ao mundo. Fiel ao espaço que o viu nascer e que o Atlântico ajudou a requalificar, o festival sons do Atlântico acontece em Março de cada ano na Baia de Luanda com grandes nomes da música nacional e internacional.