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Sônia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, vence prémio Champions of Earth da ONU


 Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil
Sonia Guajajara, Ministra dos Povos Indígenas do Brasil

A ministra é um dos seis vencedores do galardão.

Sônia Guajajara, que dirige o Ministério dos Povos Indígenas desde 2023, é uma das vencedoras do prémio “Campeões da Terra”, a mais alta distinção ambiental da ONU. O galardão é atribuído pelo Programa Ambiental da ONU, UNEP.

Guajajara foi distinguida na categoria de Liderança Política pela defesa dos direitos indígenas "há mais de duas décadas". "Ela tornou-se a primeira ministra dos Povos Indígenas do Brasil e a primeira ministra indígena do país em 2023. Sob sua liderança, 10 territórios foram reconhecidos como terras indígenas para evitar o desmatamento, a extração ilegal de madeira e os traficantes de drogas", justificou a diretora executiva da UNEP, Inger Andersen.

O prémio é entregue desde 2015. Este ano as escolhas da organização centraram-se "na procura de campeões que estejam a recuperar terras degradadas, a aumentar a resistência à seca e a prevenir a desertificação."

Para além da ministra brasileira, cinco outras pessoas foram laureadas. A norte-americana, Amy Bowers Cordalis, uma defensora dos direitos dos indígenas; Gabriel Paun, um defensor romeno do ambiente; o cientista chinês Lu Qi, que tem ajudando a China a inverter a degradação e a reduzir os seus desertos; Madhav Gadgil, um ecologista indiano, que trabalha na proteção das pessoas e do planeta através da investigação e do envolvimento da comunidade, e, por último a iniciativa SEKEM no Egito, distinguida por ajudar os agricultores na transição para uma agricultura mais sustentável.

“Os esforços dos Campeões da Terra de 2024 são um lembrete de que a luta para proteger a nossa terra, os nossos rios e os nossos oceanos é uma luta que podemos vencer. Com as políticas certas, os avanços científicos, as reformas do sistema, o ativismo, bem como a liderança vital e a sabedoria dos povos indígenas, podemos restaurar os nossos ecossistemas.”, nota Inger Andersen, em comunicado.

A UNEP lembra que cerca de 3,2 mil milhões de pessoas em todo o mundo estão atualmente ameaçadas pela desertificação. A organização da ONU prevê que, até 2050, mais de três quartos da população mundial sejam afectados por secas.

O anúncio dos vencedores do prémio Campeões da Terra de 2024, ocorreu no Dia dos Direitos Humanos e Dia da Resiliência, 10 de dezembro.

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