O antigo agente de inteligência americano Edward Snowden, refugiado na Rússia depois de ter revelado métodos de espionagem em grande escala, pediu nesta terça-feira, 13, ao Presidente Barack Obama que lhe conceda o perdão.
O antigo espião disse a divulgação das informações visava ajudar o país, reiterando ao jornal inglês The Guardian que "se não fosse por esta divulgação, por essas revelações, estaríamos pior".
Snowden admitiu ter violado a lei dos Estados Unidos, mas diz que para casos como existe o poderão.
"Há leis que dizem uma coisa, mas para isso existe o poder do perdão, para coisas que parecem ilegais no papel, mas, quando examinadas do ponto de vista moral, da ética, quando vemos o resultados, parece que eram necessárias", defendeu o antigo espião, dizendo estar "disposto a fazer muitos sacrifícios pelo meu país".
O ex-membro da Agência Nacional de Segurança vive há três anos como refugiado na capital russa, Moscovo, por ter divulgado milhares de documentos que trouxeram à tona o sistema de vigilância mundial dos Estados Unidos, facto que desencadeou um vivo debate sobre o direito à privacidade frente à actuação do Estado.
Na entrevista, Edward Snowden diz contar com muitos apoios, porque "o público se preocupa com esses temas muito mais que havia pensado".
O visto para ficar na Rússia termina no próximo ano e nas últimas semanas criticou o presidente russo Vladimir Putin.
Em 2015, o Presidente Obama rejeitou um pedido assinado por 150 mil pessoas para que perdoasse Snowden.