Entra em vigor nesta sexta-feira, 30, o regime de isenção e simplificação para a concessão do visto de turismo determinado por decreto presidencial.
Angola passa assim a isentar de vistos de turismo de cidadãos de 61 países, para permanência de até 30 dias, por entrada, e 90 dias por ano, com base no "princípio de reciprocidade diplomática".
O director-geral do Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola, comissário Gil Famoso, anunciou que já estão criados, para o efeito, cinco balcões, no Aeroporto Internacional de Luanda, onde passarão a ser emitidoa vistos de turismo à entrada no território angolano.
Segundo o responsável, os turistas com um pré-visto vão registar-se através da recolha dos dados biométricos e pagar o visto, no valor de 120 dólares.
O comissário Gil Famoso adiantou ainda que está criada uma plataforma digital, para que os cidadãos que pretendam viajar para Angola acedam nos seus países àquela ferramenta online e apresentem os documentos necessários - bilhete de passagem, comprovativo de alojamento e meio de subsistência - para lhes ser emitido um pré-visto, num prazo máximo de 72 horas.
O responsável disse que "está posta de fora a exigência da carta de chamada", acrescentando que, paralelamente a esse sistema digital, os cidadãos têm agora a possibilidade de, através dos consulados, terem acesso ao visto de turismo.
Entretanto, o economista José Matuta Cuato considera que a facilitação de vistos não é condição suficiente para atrair investimento estrangeiro.
Cuato defende que o país deve acabar com a corrupção, com a desburocratização da máquina do Estado e fazer surgir uma banca eficiente.
Além dos países da União Europeia, a isenção de vistos aplica-se a cidadãos do Botsuana, Ilhas Maurícias, Ilhas Seicheles, Zimbabwe, em África e Singapura na, (Ásia), que se juntam a outros países, como a Namíbia, África do Sul e Moçambique.