O Presidente da Guiné-Bissau reservou para 16 de novembro, dia da criação das Forças Armadas, um balanço dos 50 anos da Independência Nacional que se assinala neste domingo, 24.
As atividades centrais, organizadas pela Assembleia Nacional Popular, decorrem em Madina de Boé, onde, em 1973, João Bernardo Vieira proclamou a Independência Nacional de forma unilateral.
Numa mensagem à nação, Úmaro Sissoco Embaló reconheceu a “situação social e económica difícil” do país, mas destacou que “um aniversário da nossa Independência é sempre um dia de alegria, de esperança”
“É o dia de celebração da nossa unidade nacional, a força que esteve sempre na base de todos os nossos sucessos. A Guiné-Bissau nasceu sob a bandeira de “Unidade, Luta e Progresso”. E é, sob a bandeira da Unidade Nacional, que vamos ter de construir o futuro que queremos”, destacou o Presidente que homenageou “a todos aqueles que deram tudo: na resistência à opressão colonial, na luta clandestina anticolonial e na árdua luta armada de libertação nacional que durou mais de dez anos”.
Sem a sua determinação, o seu espírito de sacrifício e a sua inteligência, o sonho de libertação nacional do povo guineense dificilmente se teria concretizado, destacou Sissoco Embaló que, por isso, disse que o “combatente da Liberdade da Pátria merece o nosso respeito e a nossa gratidão”.
”Aos que já não se encontram entre nós - honramos a sua memória”, sublinhou.
No seu discurso, o Presidente preferiu realçar a “transformação profunda na sua política externa, em conformidade com essa nova linha de rumo”, durante o seu mandato.
”A diplomacia guineense alcançou sucessos notáveis, sucessos esses que foram amplamente reconhecidos no seio da comunidade internacional.
Junto dos nossos parceiros bilaterais e multilaterais, em África e no mundo, a Guiné-Bissau ganhou visibilidade positiva, alargou o âmbito das suas opções diplomáticas, foi capaz de mostrar utilidade nesse exercício de “dar e receber” que, como é sabido, é próprio de uma diplomacia lúcida e atenta aos interesses nacionais que representa”, afirmou, Sissoco Embaló que destacou a Presidência da CEDEAO assumida pelo país no ano passado.
“Nos 50 anos da nossa independência, é difícil encontrar um paralelo comparável, um período que tivesse sido diplomaticamente mais fecundo do que este que estamos a considerar, compreendido entre 2020 e 2023”, sublinhou o Chefe de Estado, que agradeceu aos epresentantes do Corpo Diplomático pela cooperação dos seus Governos com a Guiné-Bissau, organizações internacionais, “que têm sido parceiras incontornáveis no esforço que fazemos para desenvolver a Guiné-Bissau”.
A mensagem foi transmitida em vídeo porque o Presidente da República não está presente nas celebrações em Madina de Boé.
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