O Presidente da Guiné-Bissau disse que o seu Governo não vai extraditar o antigo Chefe de Estado da República Centro Africana (RCA), François Bozizé, exilado em Bissau e alvo de um mandado de captura internacional emitido pelo gabinete de investigação do Tribunal Penal Especial da RCA porque a lei do país não o permite.
Na terça-feira, 30, em Bissau, Umaro Sissoco Embaló disse ter sido "apanhado de surpresa" com a decisão e lembrou que “a Guiné-Bissau foi solicitada, no quadro da União Africana, para receber o Presidente Bozizé no quadro de asilo político”.
"O que sabemos é que desde que ele chegou à Guiné-Bissau não criou nenhum problema.
Está cá como exilado, como nós também, durante a nossa luta pela independência, tivemos exilados noutros países", acrescentou o chefe de Estado guineense que prometeu telefonar ao Presidente da RCA, Faustin-Archange Touadéra, porque “não foi assim” que conversaram quando lhe pediram para receber o Presidente Bozizé em Bissau.
A 27 de fevereiro, um gabinete de investigação do Tribunal Penal Especial (CPS) da RCA emitiu um mandado de prisão internacional contra François Bozizé Yangouvonda, para responder a crimes que alegadamente terão sido cometidos entre fevereiro de 2009 e 23 de março de 2013 pela Guarda Presidencial, outras forças e serviços de segurança interna na prisão civil e no centro de treino militar da cidade de Bossembélé.
O antigo Chefe de Estado da RCA chegou a Bissau a 2 de março do ano passado do Chade, onde se encontrava refugiado desde que deixou o seu país, e mora numa casa perto da Sé Catedral.
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