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Sinprof acusa Ministério da Educação de instrumentalizar professores para não aderirem à greve


Guilherme Silva
Guilherme Silva

Ministério da Educação acusa sindicato de ser anti-patriota

A greve dos professores angolanos iniciada nesta segunda-feira, 9, regista uma adesão de 90 por cento em todo país, revela o Sindicato Nacional dos Professores (Sinprof), que acusa o Ministério da Educação de instrumentalizar sindicatos “amarelos” para boicotar a paralisação em algumas províncias.

O Ministério da Educação diz que está a cumprir o acordo com os professores e acusa o sindicato de ser antipatriota.

Professores em greve em Angola (mukuta) - 3:11
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Estudantes de diversas escolas do país apelam o Governo a que resolva os problemas dos docentes para não serem prejudicados.

Guilherme Silva, presidente do Sinprof, acusa o Ministério da Educação de estar a coagir alguns trabalhadores para não aderirem à greve.

O sindicalista lamenta que jovens de alguns sindicatos estejam a apelar à não adesão à greve nacional.

“Os dois sindicatos que demarcaram-se da manifestação estão a coagir professores para não aderirem a greve”, acusa Silva.

Em comunicado, o Ministério de Educação acusa o Sinprof de falta de patriotismo por não ter esgotado todos os mecanismos de negociação entre as partes.

“Não é verdade que enquanto grevistas somos antipatriotas, temos professores que ganham 40 mil kwanzas e colocar os professores nesta posição é vilipendiá-los e este comunicado é bastante musculado”, respondeu o presidente do Sinprof.

Em conversa com a VOA, vários estudantes apelaram ao Governo para resolver os problemas dos professores.

UNITA e CASA-CE, na oposição, solidarizaram-se com os professores grevistas e dizem ser justa a reclamação da classe docente.

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