O Sindicato Nacional de Professores (Sinprof) na província angolana da Huíla está satisfeito com os níveis de adesão à greve retomada nesta segunda-feira, 9.
No Lubango, a capital da província onde está concentrado o maior número de professores, a adesão à greve ronda os 80 por cento ao passo, número idêntico ás restantes áreas da província, segundo dados avançados pelo sindicato a meio da manhã.
O secretário provincial do Sinprof na Huíla, João Francisco, denunciou actos de intimidação nos municípios da Humpata e Quilengues, onde, de acordo com o sindicalista, professores estão a ser ameaçados pelas direcções de escolas.
João Francisco alertou no entanto que a organização está a registar os actos de intimidação para posterior responsabilização judicial dos seus autores.
“Já temos alguns nomes e estamos a informar uma vez mais que todos os directores de escolas deviam se abster com este tipo de comportamento anti-democrático de coagir alguém que exerce o seu direito. A greve, conforme está na constituição, é um direito e este não se negoceia e também não se pode obrigar alguém a mudar de consciência em relação aquilo que é o seu direito. Como primeiro dia o balanço que fazemos é positivo”, disse Francisco
Até ao momento, não há nenhum pronunciamento do Governo local sobre a paralisação do ensino geral na Huíla.
Na Huíla estão inscritos no sistema de ensino geral pouco mais de 19 mil professores.