Os professores universitários vão decidir sexta-feira a continuação ou não da sua greve após o sindicato que os representa ter alcançado um “memorando de entendimento”com o governo.
O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) admite que, apesar do acordo obtido com o governo, a greve nas unidades orgânicas públicas, iniciada no dia 10 de Novembro, não deverá ser, para já, levantada.
A organização sindical assinou esta quarta-feira(17), um “memorando de entendimento” com os ministérios das Finanças, do Ensino Superior e do Trabalho e Segurança Social que visa satisfazer as oito reivindicações da classe.
O secretário-geral do Sindicato, Eduardo Peres Alberto diz, entretanto,que “qualquer desvio será motivo de greve” daí que enquanto os entendimentos não passarem de “promessas”, a interpolação de greve deverá ser a decisão mais acertada dos professores, que estarão reunidos em assembleia geral esta sexta-feira (19).
“Diantes de promessas, a probabilidade será a interpolação. Vamos ouvir a vontade dos professores”, disse o académico , à VOA.
Com base nos entendimentos alcançados, o Governo prometeu elevar o salário do professor catedrático ao equivalente a 5 mil dólares e 2 mil para o professor assistente estagiário.
Actualmente um professor catedrático tem um salário de 400 mil kwanzas, muito aquémdos 500 dólares americanos.
Eduardo Peres disse que as partes chegaram também a entendimento para que a partir de 14 de Dezembro de 2021 as unidades orgânicas públicas possam realizar eleições para a escolha dos seusgestores.
Das reivindicações do SINPES constam ainda o seguro de saúde, melhoria das condições de trabalho,infra-estruturas para as instituições de ensino superior, formação dos docentes e trabalhadores não docentes e um fundo de investigação científica e publicações.