Sindicatos angolanos exigem do Governo a actualização dos salários para fazer face ao aumento custo de vida dos trabalhadores.
A revelação foi feita pelo secretário-geral-adjunto da Central Geral de Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), que justifica a posição com a persistente depreciação da moeda nacional.
David Miqueno considera que a situação do país devia “sensibilizar o Governo a repor o poder de compra dos trabalhadores através da actualização dos ordenados”.
O sindicalista defende, no entanto, a estabilidade do salário e não tanto o seu aumento.
Igual pedido, com carácter “urgente”, foi feito este fim-de-semana, em Luanda, pela Unta-Confederação Sindical.
O pedido foi feito tendo como base a necessidade de se recuperar o poder de compra dos trabalhadores perdidos que, segundo a Unta-Central Sindical, está na ordem dos 75 por cento.
Na declaração assinada pelos 90 dirigentes sindicais das 18 províncias do país, a Unta-CS exorta o Executivo angolano também a tomar decisões urgentes para disciplinar o mercado financeiro, evitando a circulação da moeda estrangeira fora do sistema bancário.
A inquietação dos sindicatos angolanos resulta da crise que resultou na queda do preço do petróleo, que era o maior sustento do Orçamento Geral do Estado em 95 por cento das exportações e cerca de 75 por cento da receita fiscal.