Ante o agravamento do custo de vida em São Tomé e Príncipe devido à subida galopante do preço dos produtos da cesta básica, as duas centrais sindicais do país deram um ultimato ao Governo de quatro dias para a conclusão das negociações sobre o salário mínimo da função pública, caso contrário avançam com uma paralisação do sector.
Se até a segunda-feira, 28, o Governo não reunir a concertação social para estabelecer o novo valor do salário mínimo, a União Geral dos Trabalhadores (UGT-STP) e a Organização Nacional dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe (ONTSTP) vão paralisar a função publica.
As duas centrais sindicais têm uma proposta para fixar o salário mínimo em 4.500 dobras, cerca de 220 dólares, contra os 44 dólares praticados actualmente.
O secretario-geral da UGT-STP deixou claro, no entanto, que o que os sindicatos pretendem negociar nada tem a ver com o tão propalado reajuste salarial da função publica.
“O reajuste salarial não é nosso documento, é uma montanha que pariu um rato. O que nós queremos discutir e fixar é o salário mínimo da função publica”, avisou Costa Carlos.
O líder da ONTSTP, por seu lado, eforçou e deixou o aviso no que toca às negociações.
“Damos ao Governo até o final deste mês para reunir a concertação social no sentido de resolver a situação porque estamos em ano eleitoral e já sabemos que o Governo pertente ir adiando a questão”, disse João Tavares, ameaçando paralisar a função pblica caso não aconteça a negociação no prazo dado pelos sindicatos. ´
Os sindicalistas acusam o Governo liderado por Jorge Bom Jesus de falta de vontade política ao arrastar as negociações há muito tempo.
O Governo ainda não reagiu.