Sindicato do Ensino Superior de Angola manifesta-se preocupado com as repetidas denúncias de não pagamento dos subsídios a que têm direito os estudantes a frequentar instituiçõesuniversitárias no estrangeiro, por parte do Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE).
O responsável do Sindicato, Carlinhos Zassala, fez estas declaraçõesdepois de, nas últimas semanas, terem surgidonotícias a dar conta da expulsão ou suspensão de estudantes universitários em alguns países, particularmente na África do Sul, por falta de pagamento das propinas.
Zassala, também antigo bolseiro angolano, considera que a responsabilidadedeveserimputada ao INAGBE, que, de forma recorrente,não cumpreastarefas para as quais foi criado.
“É uma situação que deve preocupar não só o Executivo mas toda a sociedade angolanaincluindoa Assembleia Nacional para encontrar uma solução adequada”, concluiu.
O INAGBE controla 5.598 bolseiros externos maioritariamente emCuba, RússiaeArgélia.
Numa nota publicada recentemente aquele instituto negou que estudantes bolseiros no exterior estivessem aregressar ao país devido à não regularização do suplemento das bolsas.
A instituição dissetratar-se de informações infundadas e que exploram de modo doloso as dificuldades que decorrem ao actual contexto económico e financeiro.
Entretanto, o Banco Nacional de Angola (BNA)vendeu na última semana àbanca comercial 284,9 milhões de dólares, sobretudo para pagar bolsas de universitários no exterior, importar alimentos, cobrir operações da Sonangol e ainda garantir necessidades do Ministério da Saúde .
Estes dados constam do relatório semanal do BNA sobre a evolução dos mercados monetário e cambial, no período entre 11 e 15 de Julho.