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Sindicato dos Médicos Angolanos responzabiliza Governo pelas mortes evitáveis


Adriano Manuel, presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola
Adriano Manuel, presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola

Como a Voz da América noticiou na semana passada, a morte de um cidadão de 25 anos por falta de atendimento médico à porta do Hospital Américo Boavida, provocou muitas reacções.

Como a Voz da América noticiou na semana passada, a morte de um cidadão de 25 anos por falta de atendimento médico à porta do Hospital Américo Boavida, em Luanda, provocou muitas reacções.

Da família a acusar o hospital, da UNITA, na oposição, a pedir a demissão da ministra da Saúde e do director do hospital, e do MPLA a solidarizar-se com a família da vítima.

O Sindicato dos Médicos Angolanos responsabiliza o Governo pelas inúmeras mortes nos hospitais do país.

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O médico detido por suposto crime de negligência médido, foi apresentado ao Ministério Público, um dia depois da sua detenção, foi-lhe aplicada uma medida cautelar e saiu em liberdade depois do pagamento de uma caução, segundo o porta-voz do Sserviço de Investigação Criminal, Manuel Alaiwa.

Ele apresentou-se nesta segunda-feira, 25, no Gabinete de Inspeção Geral do Ministério da Saúde, acompanhado pelo presidente do Sindicato Nacional dos Médicos de Angola.

Em entrevista à Voz da América, Adriano Manuel disse que o médico goza de boa saúde e que é apenas usado como bode expiatório, uma vez que nem manteve contato com a vítima.

"Agora estamos na fase de inquérito e vamos ver o que é que o inquérito vai dar", afirmou Manuel, que acusou o Governo pelas centenas de mortes que podiam ser evitadas.

"Todas as mortes que acontecem nos nossos hospitais que podiam ser evitáveis, pessoas com malária, pessoas com febre tifoide e outras doenças, constituem sem sombra de dúvidas grande parte das pessoas que morrem nas nossas instituições e só há um culpado, o ministério da Saúde, o Governo de Angola”, apontou Adriano Manuel.

O MPLA lamentou o sucedido e endereçou à família enlutada em particular e aos luandenses em geral os mais sinceros sentidos de "pesar por essa dura perda”, que, segundo a nota “nos deixa a todos de luto”.

A UNITA mostrou-se indignada e pediu a demissão da ministra da Saúde, Silvia Lutukuta.

A equipa médica do Hospital Américo Boavida, em Luanda, está suspensa na sequência da morte do cidadão de 25 anos, ocorrida, na terça-feira, 19, à porta daquela unidade hospitalar.

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