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Sindicalistas angolanos dizem que programa do Governo de promoção do emprego tem "fins eleitoralistas"


Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola
Mulheres zungueiras na praça do Avô Kumbi em Luanda, Angola

As medidas de incentivo à contratação de desempregados, jovens e cidadãos portadores de deficiência, aprovadas recentemente pelo Governo angolano estão a ser descritas por sindicalistas, contactados pela VOA, como visando “unicamente fins eleitoralistas”.

Na passada sexta-feira, 26, a Comissão Económica do Conselho de Ministros aprovou um diploma que determina igualmente a contratação de estagiários, a promoção da vinculação das pessoas contratadas ao sistema de protecção social obrigatória e de regularização voluntária da dívida das empresas à Segurança Social.

Nos termos do diploma, os empregadores (pessoas singulares ou colectivas, públicas ou privadas) que celebrem contratos de trabalho com pessoas desempregadas, jovens, cidadãos portadores de deficiência e estagiários terão benefícios que se traduzem na redução de 50% ou isenção da taxa contributiva da sua responsabilidade, conforme o caso, por um período de seis a 12 meses, após o início da vigência do contrato.

Entretanto, o sindicalista Francisco Jacinto, membro do Conselho Nacional de Segurança Social, considera “uma brincadeira”, dar incentivos às empresas com o dinheiro dos contribuintes.

O também secretário-geral dos Sindicatos Independentes e Livres de Angola (CGSILA), garante que, ao contrário do que o Executivo apregoa, "não haverá emprego para ninguém a pouco menos de um ano do fim do mandato do actual Governo”.

Por sua vez, para o secretário-geral adjunto do Sindicato Organizado do Sector Petrolífero (STOSPA), Miguel Alberto “as intenções do Governo são para “inglês ver”.

“Não temos muitas esperanças sobre o que o Governo está a prometer. É uma propaganda eleitoralista porque as empresas continuam a dispensar trabalhadores em todo o país”, afirma.

Outro sindicalista que não acredita nas intenções do Governo é Victor Aguiar que afirma serem “meras promessas tendo em conta a campanha eleitoral”.

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