Um dirigente sindical pediu às autoridades policiais para investigarem o programa da merenda escolar afirmando haver indícios claros de desvio de fundos desse programa.
Falando no Uíge, o presidente do sindicato dos trabalhadores da Educação, Cultura, Desporto e Comunicação Social, Miguel Teta Neto disse haver a necessidade de uma maior fiscalização do programa.
"Actualmente nem sequer sabemos quais são as escolas que recebem a merenda escolar", disse.
Teta Neto acrescentou também que aquelas merendas que são entregues "não têm as condições recomendadas para a nutrição dos alunos".
“Creio que não há transparência e se a investigação criminal for mais ao fundo... vão encontrar pressupostos suficientes para que se comece um processo crime em termos de desvios do erário público”, acrescentou.
Na cidade do Uíge alunos e encarregados de educação disseram em grande número não serem abrangidos pelo programa desconhecendo as razões.
Falando à VOA, os alunos, pais e encarregados de educação, dizem não conhecer a existência do programa de distribuição de merenda nas escolas do ensino primário do município do Uíge.
O chefe do departamento de planeamento, estatística e recursos humanos do gabinete provincial da educação ciência e tecnologias do Uíge, Benilde Gombo, contou que “a questão da merenda escolar tem uma gestão directa a partir das administrações municipais, e não passa pelo gabinete provincial da educação do Uíge”.
A VOA, tentou ouvir sem sucesso a administração Municipal do Uíge, para se pronunciar sobre o assunto.
Já no município do Mucaba, o administrador municipal Carlos Alberto, que falava em gesto de balanço à imprensa local, disse ter gasto mais de trinta milhões de kwanzas na compra da merenda escolar durante o ano passado.
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