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Sindicalista de Benguela suicida-se em casa


O secretário do Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) na província angolana de Benguela, Armindo Cambelele, suicidou-se, nesta sexta-feira, 6, com uma corda à volta do pescoço, disseram à VOA fontes familiares.

O suicídio, confirmado pela Polícia no primeiro parecer sobre as investigações em curso, ocorre três dias antes da greve dos professores, para a qual vinha apelando à adesão de ‘’funcionários públicos com baixos salários e más condições de trabalho’’.

Há mais de 20 anos como crítico em relação à política educacional do Governo, o professor Armindo Cambelele, 57 anos de idade, foi encontrado por familiares na sua sala, estatelado no chão, bem ao lado da corda que utilizou para que ficasse suspenso no tecto.

Alguns dias antes, segundo uma filha, queixava-se de um certo mal-estar, insuficiente, porém, para travar a sua participação no processo da greve marcada para segunda-feira, 9.

Tal como familiares, companheiros do SINPROF, todos surpreendidos, sublinham que não existiam sinais de pressão política pelo movimento reivindicativo que o malogrado cedo abraçou.

O que se tem denunciado são as tentativas de boicote atribuídas ao Sindicato da Educação e Cultura, que já fez saber que não adere a paralisação alguma.

Daí que alguns membros do Secretariado do Sindicato dos Professores tivessem reforçado a necessidade de uma greve com a maior participação possível, até como forma de homenagear a figura de Armindo Cambelele.

O corpo foi removido para a morgue do Hospital Central pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), que promete mais detalhes nas próximas horas.

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