Uma maior maturidade dos dirigentes da Guiné-Bissau e a imperiosidade de procurar soluções aos problemas do país são apontadas pelo presidente do PAIGC e coordenador da plataforma PAI Terra Ranka como factores que apontam para uma maior estabilidade política na legislatura que começará com a posse, em breve, da Assembleia Nacional Popular.
Domingos Simões Pereira acredita que o programa Terra Ranka reflecte os anseios dos guineenses, com quem “falamos e ouvimos durante muito tempo” e que a recuperação da economia, através da dinamização da campanha da castanha do cajú, é uma prioridade do futuro Governo.
Na entrevista à Voz da América, Simões Pereira diz que a coligação vai revelar a seu tempo o nome do primeiro-ministro, que tem sido salvaguardado a bem da estabilidade.
Ele admite que o nome dele “não está” fora da mesa, mas que os nomes dele e de Geraldo Martins vieram a público por serem os que estiveram à frente da parte política e da parte económica, respectivamente, na elaboração do programa.
Quanto a coligações no Governo, o antigo primeiro-ministro reafirma que “qualquer que for útil” para a Guiné-Bissau pode integrar o futuro Governo e que este assunto que a coligação vai analisar a seu tempo.
Simões Pereira assegura, quando questionado, que o Presidente da República não pediu ministérios no próximo Executivo e que o encontro entre os dois foi uma boa conversa, em que Umaro Sissoco Embaló e deu conselhos “para que tentássemos falar com todas as formações e, na medida do possível, que integrássemos todas as formações nas soluções que iremos produzir”.
“Em resposta dissemos que sim, que acolhemos positivamente essa indicação e esse conselho, mas como tudo na vida vamos tentar fazer o melhor, mas muitas vezes o melhor não é necessariamente o ideal”, revela Domingos Simões Pereira, que também elencou as bases para uma maior estabilidade na Guiné-Bissau.
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