O MPLA, partido no poder em Angola, reiterou a sua intenção de avançar em 2018 com uma legislação para a realização progressiva das primeiras eleições autárquicas.
O anúncio foi feito em Malanje neste sábado, 10, por António Paulo Kassoma, secretário-geral do partido no lançamento da agenda política nacional do MPLA para 2018.
Entre os vários compromissos, disse Kassoma, o MPLA vai “promover a discussão e a adopção da legislação de suporte a realização das eleições autárquicas” em Angola, mas também um conjunto de tarefas que o partido “reputa de essenciais para a realização exitosa das eleições autárquicas”.
Nesse sentido, o secretário-geral apontou a nacessidade de um diagnóstico sobre o estado actual dos recursos humanos, financeiros, infraestruturas e outros, bem como identificar “os municípios com melhores condições para a implementação das autarquias locais, em respeito aos princípios constitucionais respeitantes ao gradualismo e a transitoriedade”.
Ele ainda reiterou que o Governo irá cumprir todas as promessas feitas pelo MPLA durante a campanha, em particular a luta contra a corrupção.
A agenda política do MPLA para 2018, em resumo, está assente em 10 eixos e contempla essencialmente acções que visam o combate às más práticas de gestão pública, medidas de fortalecimento das estruturas de base e intermédia da formação, criação de mecanismos para realização das eleições autárcicas, entre outras matérias.
Ao contrário de informações não oficiais que circulam nos meios políticos em Luanda, Paulo Kassoma não fez qualquer referência a um eventual congresso extraordinário este ano para a eleição de um novo presidente, em virtude de José Eduardo dos Santos ter afirmado que deixaria a política activa em 2018.