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Serviço de Migração angolano nega ter divulgado dados pessoais de Adalberto Costa Júnior


Adalberto Costa Júnior, líder do principal partido da oposição em Angola, UNITA
Adalberto Costa Júnior, líder do principal partido da oposição em Angola, UNITA

O Serviço de Migração e Estrangeiros (SME) de Angola nega qualquer responsabilidade na publicação nas redes sociais de imagens do passaporte e do talão de embarque do presidente da UNITA, Adalberto Costa Júnior, no último fimde-semana.

Serviço de Migração nega ter divulgado detalhes de viagem e de Adalberto Costa Júnior – 1:51
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Os detalhes foram publicados após o dirigente do partido do Galo Negro ter embarcado com destino aos Emirados Árabes Unidos antes de viajar para os Estados, Unidos onde se encontra nesta quarta-feira, 22.

Em comunicado no domingo, 19, a UNITA instou a Procuradoria-Geral da República (PGR) a esclarecer e responsabilizar os autores da divulgação e acusou agentes dos Serviços de Emigração ou funcionários do protocolo do Estado de "cumplicidade".

O comissário Simão Milagres, director do Gabinete de Comunicação Institucional e Imprensa do SEM, em entrevista à Rádio Nacional de Angola, disse que no processo de viagem de qualquer cidadão intervêm várias instituições e por isso descarta qualquer responsabilidade da sua instituição.

“Tomamos boa nota da comunicação do Comité Permanente da UNITA, lida pelo seu porta voz, mas o SME se exonera de qualquer responsabilidade pela divulgação dos dados e da rota do engenheiro Adalberto Costa Júnior", garantiu.

O comissário aconselha aUNITA a formalizar uma queixa-crime contra os autores.

A VOA contactou o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, quem confirmou estar o assunto a ser tratado já a nível da equipa de advogados daquele partido.

“Nós fizemos o comunicado e apelamos à procuradoria para agir e os nossos advogados estão a tomar conta da situação” disse.

A PGR ainda não se pronunciou sobre o assunto.

A UNITA disse anteriormente que essa divulgação de imagens "só foi possível com a cumplicidade de agentes dos Serviços de Emigração ou de funcionários do protocolo do Estado, que tiveram acesso aos seus documentos pessoais no Aeroporto 4 de Fevereiro".

O partido invocou “o direito à identidade, à privacidade e à intimidade” de Adalberto Costa Júnior, garantidos pela Constituição e destaca que à luz da legislação “a divulgação e o acesso, não autorizados, de dados pessoais transmitidos são punidos com pena de prisão”.

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