Na província de Namibe, muitas comunidades não têm acesso aos serviços básicos.
A reclamação é de homens e mulheres, oriundos dos vários pontos do interior da província do Namibe, que falaram à VOA
Eles pedem ao executivo que inverta a actual situação socialporque no interior da província não há nada.
Dizem queaos poucos as comunidades estão a voltar à era primitiva, buscando tratamentos de saúde à sortede raízes porque alguns postos de saúde construídos nos anos de 1990 estão fechados por falta decondições de habitabilidade dos enfermeiros, falta de meios de meios de trabalho e outros nunca tiveram medicamentos para o atendimento da população.
Outros cidadãos reclamam de falta de uma rede comercial na zona rural que poderia facilitar a vida das comunidades, maioritariamente detentora de gado bovino, caprino e ovino, na permuta de animais com a comida.
Os autóctones, na sua maioria criadores tradicionais, dizem que têm percorrido longos quilómetros para irem ao encontro dos comerciantes ambulantes, “candongueiros”, para a troca comercial de animais com a farinha de milho, óleo vegetal e outros produtos alimentares essenciais.
Nesta luta pela sobrevivência, as famílias pobres ou mesmo aquelas que durante a época da seca "cíclica" que assolou o interior do Namibe perderam todos os seus animais, hoje dizem que remedeiam a vida com a venda de “Mahungo, Múcua, Nombe e óleo Nompequeum negocio, na sua óptica, bastante lento nos mercados informais locais.
Eles queixam-se ainda do facto de eles terem sido “levados” a votar no MPLA que, agora, “não cumpre as promessas”.
Paulão José Adão Tome, activista cívico da Associação Construindo Comunidades, ACC, no Namibe, diz que "só uma governação equilibrada, onde são inclusos os quadros vindos da tribo Mucubal", talvez, poderá fazer com que os serviços sociais básicos do estado cheguam aos autóctones.
O economista Wini Jamba disse não haver dúvidas de que só a extensão dos serviços básicos do estado em todas localidades de maior aglomeração populacional do Namibe poderá promover o desenvolvimento dos Municipios e das respectivas comunidades.
Jamba pergunta se os actuais administradores dos municipios do Virei, da Bibala e do Camucuio, estão mesmo empenhados em levar os serviços básicos à população”.
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