“Dissolvi a Assembleia Nacional para pedir ao povo soberano os meios institucionais que me permitam dar corpo à transformação sistémica que lhes prometi”, declarou Fayeesta quinta-feira, 12 setembro, na televisão nacional.
“Hoje, mais do que nunca, chegou o momento de abrir uma nova fase do nosso mandato”, declarou o chefe de Estado de 44 anos.
Faye obteve uma vitória presidencial em março de 2024 com a promessa de uma mudança radical para a nação da África Ocidental.
Juntamente com o seu Primeiro-Ministro, Ousmane Sonko, Faye candidatou-se com uma promessa de soberania e pan-africanismo de esquerda, aumentando as esperanças dos jovens num país onde três quartos da população tem menos de 35 anos.
Mas a ação do governo tem sido até agora dificultada pela falta de maioria no parlamento.
De acordo com a Constituição senegalesa, Faye pode dissolver o parlamento, dominado pela oposição, a partir de 12 de setembro e convocar eleições legislativas antecipadas, o que lhe poderia dar a maioria necessária para implementar a sua agenda política.
No seu discurso, Faye afirmou que “a promessa de uma colaboração franca com a maioria parlamentar... era uma ilusão”.
“Decidiu virar as costas ao povo para prosseguir o seu culto de obstrução, bloqueando assim o projeto para o qual fui eleito”, afirmou.
Citou, em particular, a gestão das finanças públicas durante o mandato do seu antecessor Macky Sall, alegando “excessos deliberadamente ocultos” de despesas.
Acrescentou que em breve será publicado um relatório aprovado pelo Tribunal de Contas do Senegal.
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