Seis moçambicanos foram mortos pela policia sul-africana por estarem envolvidos na caca furtiva na região do Kruger Park, que faz fronteira com a província de Gaza, no sul de Moçambique.
Os caçadores furtivos continuam a invadir os parques e reservas da África do Sul.
Muitos jovens da província de Gaza são aliciados pelos valores pagos pelos barrões da caça furtiva para explorarem a porosidade da fronteira entre Moçambique e a África do Sul.
Eles entram pelo Kruger Park que faz fronteira com o Parque Nacional do Limpopo à caça de trofeus de rinocerontes e elefantes, colocando em risco a sua própria vida.
Nos primeiros nove meses deste ano, seis moçambicanas perderam a vida, abatidos pela polícia sul-africana, segundo deu a conhecer Jeremias Langa, porta-voz da Polícia em Gaza.
"Na África do Sul não perdoam, basta se cruzar com o caçador furtivo a pena que eles dão é a morte, por isso queríamos chamar a atenção aos nossos compatriotas para que não se façam ao Kruger Park porque acabarão perdendo a vida, se foram seis vidas em nove meses", disse Langa.
A polícia moçambicana e sul-africana têm estado a apertar o cerco à caça furtiva e, como resultado dessas operações, foram apreendidas 22 armas de diverso calibre, 80 carcaças de animais, seis pontas de rinoceronte e 12 pontas de marfim.
"Isso para nós é um orgulho porque é resultado do trabalho que a polícia está a fazer nos nossos parques, mas também não deixaria de chamar atenção a todo cidadão moçambicano que os nossos parques trazem divisas para o nosso próprio benefício, então se dizimamos o meio ambiente ficarem sem esse ganho é necessário que cada cidadão pense uma, duas ou tresleres antes de se fazer à caça furtiva", disse o porta-voz da Polícia em Gaza.
Dados divulgados em Setembro indicam que o número de rinocerontes abatidos em 2015 aumentou, tendo sido mortos 749 animais, contra 716 em 2014. Nos últimos cinco anos 500 caçadores ilegais foram abatidos na África do Sul e 80 por centos dos caçadores furtivos detidos no Kruger Park são moçambicanos.