O activista e jornalista angolano acusado de rebelião e de actos preparatórios de golpe de Estado Sedrick de Carvalho aceitou "comer algumas colheres" a pedido da mãe.
A confirmação foi avançada à VOA nesta terça-feira por Antónia de Carvalho que, com cerca de 12 familiares, visitou hoje o activista no Hospital-Prisão de São Paulo, em Luanda.
"Ele está mais calmo, recebeu uma visita especial da família, levei-lhe uma sopa, exigi que comesse na minha frente e ele comeu algumas colheres", disse Antónia de Carvalho que, com os demais familiares, entre eles a filha de Sedrick de Carvalho, pediu que ele abandonasse a ideia de greve de fome e de um eventual suicídio como admitiu na carta escrita na segunda-feira.
A mãe do jornalista, que prometeu regressar amanhã à cadeia para "exigir que ele coma novamente", adiantou que as portas das celas estiveram abertas ontem e que os presos puderam circular livremente na prisão.
Antónia de Carvalho regozijou-se também com a notícia de que os activistas poderão ir para as suas casas na próxima sexta-feira, por decisão do juiz.
"É muito melhor, ficam mais próximos das suas famílias e poderão continuar a responder", comentou.
O juiz Januário Domingos José decidiu a favor de um requerimento apresentado pelo Ministério Público no início da sessão de hoje no Tribunal Provincial de Luanda.
O pedido do Ministério Público baseia-se no novo Regime Jurídico das Medidas Cautelares em Processo Penal e das Revistas, Buscas e Apreensões que entra em vigor na próxima sexta-feira.